Prédios verdes em crescimento?

Publicado em 17 de novembro de 2013

Cada vez mais presente na vida dos brasileiros os chamados prédios verdes (edificações que apresentam características de sustentabilidade, com elevado grau de preocupação ecológica), tem crescido em uma velocidade expressiva. Em 2012 representavam 7,8% do estoque total na Cidade de São Paulo, 4,2% no Rio de Janeiro e percentuais inferiores a 2,0% nas demais capitais. Em 2013 é esperado um incremento de 50,00% na comparação com 2012.

Especialistas apontam que a causa desse crescimento significativo não estaria somente na preocupação das empresas com a questão ambiental, mas também representaria uma estratégia de negócios focada nas vantagens que esse tipo de empreendimento pode trazer, como o fato de agregar valor à imagem da empresa, além de serem notáveis os benefícios econômicos, centrados na economia de energia, que situa-se em um patamar 10,00% inferior aos edifícios comuns e o menor consumo de água proporcionado pelo projeto sustentável.

Para se atingir a condição de prédio verde é necessário seguir especificações que envolvem diversos aspectos, a começar pelo entorno, o espaço destinado ao transporte deve priorizar o baixo impacto ambiental, a partir da construção de bicicletários, instalação de tomadas para carros elétricos, acesso ao transporte público de massa, contar com serviços básicos, tais como padarias e farmácias, que permitam ser acessados a pé e o solo ser capaz de absorver a água de chuva.

O quesito referente ao uso da água começa pela coleta e reaproveitamento da água da chuva, que deve ser armazenada para aproveitamento nos sanitários e irrigação das plantas, enquanto o seu consumo global deve ser reduzido em, pelo menos, 20,00% em relação aos edifícios convencionais.

Outro item de fundamental importância se refere  à energia, cujo consumo deve ser reduzido em 10,00% em relação ao tradicional, buscando fontes alternativas de produção, como, por exemplo, a colocação de turbinas de vento onde as condições sejam propicias, geralmente nos edifícios mais altos, e as tradicionais células fotovoltaicas que aproveitam a energia solar, além da integração com o ambiente, que propicia o aproveitamento da luz natural, bem como a utilização de métodos ecológicos para o aquecimento e resfriamento da água.

Deve ser observados ainda, a qualidade dos ambientes, mediante a eliminação de substâncias tóxicas nos diversos espaços que compõem o edifício, a ocorrência de baixos níveis de gás carbônico e outros gases nocivos, os materiais de construção utilizados, que devem apresentar baixo impacto ambiental e originar-se de produção regional ou de rápida renovação, como madeiras certificadas, e ainda de materiais reciclados.  

Embora os custos ainda signifiquem uma barreira, que segundo especialistas, representa um adicional de 5,0% a 10,00% em relação aos edifícios convencionais, podendo chegar a 16,00% quando se persegue um nível de certificação mais elevado, já existem aqueles que garantem que, em função de um correto planejamento este adicional possa ser eliminado. Independente disso verifica-se uma defesa quanto à ponta de venda, pois os entusiastas da ideia garantem que essas edificações vendem mais rápido, além de ser constatada uma valorização de 10,0% a 40,0%, especialmente porque o mercado está receptivo a este produto, que deverá ser uma tendência no segmento comercial.

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