Casas de plástico

Publicado em 18 de março de 2007

Uma novidade surge no setor de construção, com o aparecimento de tecnologias que utilizam o plástico como matéria-prima, destacando-se a fabricação de tijolos a partir de garrafas de refrigerantes descartáveis, mostrando ser possível construir com poucos recursos.

Trata-se de uma solução simples e inovadora, que adota as garrafas pet de 2 litros, por meio de um sistema integrado que permite a construção de casas populares à base de plástico, o que ainda se mostra um projeto com sustentabilidade, pois esse material, que indica um problema ambiental, passa a ser solução no combate ao déficit habitacional no país.

O projeto foi desenvolvido em decorrência de experiências belgas, nas quais o plástico é moído e prensado, transformando-se em matéria-prima para a fabricação de tijolos e barras de plástico duro, em seguida as peças vão se juntando, em um grande quebra-cabeça, e a casa vai tomando forma.

Quanto às paredes, foi adotada a solução de edificá-las em duas folhas, deixando um colchão de ar entre elas, o que atenua o aquecimento, enquanto no teto são utilizadas embalagens do tipo Tetra Pack, sendo que a casa é resistente ao fogo e a pragas, como o cupim, além de apresentar elevada durabilidade, haja vista que o plástico possui vida útil de 400 anos.

Esta tecnologia já se encontra industrializada, possuindo uma capacidade instalada mensal de produção de 40 casas de 70 metros quadrados de área, cujo consumo unitário é de cinco toneladas de plástico, mas como o brasileiro produz em média 4 a 5 quilos de plástico por mês, temos um total de 680 mil toneladas, o que permitiria construir mensalmente 116 mil casas.

Existe ainda uma proposta de construção que utiliza as mesmas garrafas petin natura, funcionando como estrutura de um “tijolão” pré-moldado, cujas formas são preenchidas com argamassa após as garrafas serem dispostas lado a lado, resultando em peças leves e resistentes, prontas para serem utilizadas em construções em alvenaria.

Embora sejam soluções inovadoras, a tecnologia de utilização de plástico também chegou às grandes corporações, que já oferecem projetos de construções completos,em larga escala, voltados ao mercado imobiliário de plástico, cuja capacidade instalada é de 900 mil metros quadrados por ano.

São construções com estruturas de metal revestidas com painéis termoplásticos anti-chamas, que possuem um sistema de montagem que permite a conclusão em duas semanas, inclusive o acabamento, a um custo final de R$ 45.000,00, entretanto, com a promessa de subsídios de até dois terços desse valor, elas poderão chegar ao usuário por R$ 15.000,00.

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