Construção em aço

Publicado em 15 de novembro de 2009

Se o mercado de construção civil tem se mostrado promissor, o segmento do aço no setor aparece ainda mais favorável, não só no Brasil, mas em todo o mundo, onde o setor é o principal consumidor de produtos siderúrgicos, respondendo por um percentual de 30% em 2008, equivalente a 300 milhões de toneladas por ano.

No Brasil, pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) mostram que o percentual anual de crescimento da utilização das estruturas em aço na construção civil é de 6,5%, desde 1999, isso porque essa prática quase não existia no país até o início da década de 1990.

O período compreendido pelos últimos dez anos do último século ficou marcado como sendo a transição entre as técnicas construtivas tradicionais para as industrializadas, o que obrigou os fornecedores a oferecerem uma nova gama de produtos, decorrente da necessidade de adequação às exigências de aplicações especiais.

Embora a maior participação de aço no segmento ainda ocorra em obras comerciais e industriais, além dos projetos de infraestrutura, começam a surgir importantes projetos habitacionais que aplicam esse material, especialmente aqueles voltados para o segmento de baixa renda.

Por essa razão, a imagem das estruturas em aço ainda está ligada a construções mais caras e com perfil mais comercial, muito embora a análise de sua aplicação mostra que pode resultar em belas construções, com custo acessível e tempo competitivo, bastando que se tire muito proveito dos benefícios que o sistema pode oferecer.

Os defensores da utilização do aço na construção destacam como principal vantagem a economia que proporciona, iniciando pelo projeto, que permite planejar obras mais leves, que reduzam o peso da estrutura e também seu preço.

Além disso, os prazos são mais curtos, uma vez que o tempo de fabricação das peças chega a ser de trinta dias e o de montagem, apenas uma semana, comparando com uma estrutura de concreto, uma obra de 300 m2 gasta entre fabricação e montagem menos da metade do tempo para ser concluída.

O sistema permite ainda racionalização de materiais e mão de obra, resultando em uma obra mais limpa e organizada, sem os diversos depósitos para estocar materiais, e em uma menor geração de entulho.

Do ponto de vista arquitetônico e estrutural, os pilares e vigas são usualmente mais esbeltos que os similares em concreto, o que resulta em aumento da área útil e da distância entre os pilares.

Já os críticos destacam o risco de custos maiores, caso o projeto não apresente um nível de detalhamento que leve em conta todos os itens, sendo contraindicado para pequenas obras, pois não justifica economicamente o projeto e a fabricação de quantidades menores de peças.

Apontam ainda a dificuldade de transporte da estrutura, o desembolso em curto espaço de tempo para financiar a obra, a necessidade de amarração e a contração e dilatação constantes como desvantagens no uso do sistema.

Não obstante, os números pendem favoráveis ao aço, uma vez que o consumo, nos países emergentes, deve crescer em torno de 50% este ano, sendo que somente no Brasil espera-se crescer até 2015, dos 41 milhões de toneladas em 2008, para 80 milhões.

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