Entidades devem voltar-se para o interior

Tem sido comum aos profissionais que atuam em entidades de classe ouvirem constantemente reclamações quanto à situação de penúria em que se encontram estes organismos. Paralelamente, as estatísticas mostram um crescimento insignificante no quadro social, ou mesmo um declínio no número de associados.

As explicações para este fenômeno residem sempre na situação financeira precária, que impede a divulgação da entidade e mesmo promoções que atraiam novos profissionais, o que nos faz lembrar a estória de uma determinada marca de biscoito: "vende mais porque é mais fresquinho, e é mais fresquinho porque vende mais".

É imperativo que as entidades de classe quebrem este ciclo vicioso, onde não podem expandir porque não possuem recursos, e não possuem recursos porque não expandiram. Só assim estas entidades terão condições de crescer e participar do desenvolvimento da engenharia, arquitetura e agronomia.

Esta situação atualmente existente faz com que as entidades, pelas próprias condições geográficas de suas sedes, concentrem suas poucas atividades cada vez mais em Belo Horizonte, muitas vezes se esquecendo dos milhares de profissionais que militam no interior do Estado.

Recentemente, quando participamos da organização das comemorações dos 10 anos do Instituto Mineiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Imape) e promovemos um curso sobre o assunto, tivemos condições de vivenciar uma experiência justamente ao contrário. Recebemos representantes de 22 cidades do interior do Estado, e de 8 Estados brasileiros.

Isto só foi possível porque procuramos atuar em conjunto com Crea-MG, que acionou os conselhos regionais dos outros Estados, e em especial, as inspetorias e escritórios, espalhados pelas mais diversas cidades do interior mineiro.

Os profissionais responsáveis por estes organismos do Crea-MG atuaram como uma base avançada de nossa entidade, procurando divulgar não somente o curso, como também os 10 anos de atividades do Imape, conforme testemunho dos colegas que estiveram conosco durante a realização das festividades.

Esta foi mais uma demonstração inequívoca, de que o interior quer participar e tem condições para isto. Em conseqüência deste fato, foi criado pela diretoria do Imape, a Coordenadoria do Interior, com convite a diversos profissionais, para representá-lo em suas respectivas cidades. Chegamos à conclusão que somente agregando ao nosso corpo associativo a força dos profissionais do interior, poderemos nos fazer presente em todo o Estado, aumentando nosso quadro social e atingindo os objetivos aos quais nos propusemos.

 

Belo Horizonte
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